Ativismo de pedestres e ciclistas surgiu nos Estados Unidos mais de 60 anos atrás. Conheça nesse artigo algumas ONGs mundiais e brasileiras:
Transportation Alternatives
A Transportation Alternatives (TransAlt) é uma ONG criada na cidade de New York City que trabalha para mudar as prioridades de transporte da cidade para encorajar e incentivar os deslocamentos e viagens não poluentes, silenciosas e amigáveis à cidade.
O TransAlt busca um sistema de transporte baseado em uma ” Hierarquia de Transporte Ecológico”, dando preferência aos meios de transporte com base em seus benefícios e custos relativos para a sociedade. Para atingir esses objetivos, ela trabalha em cinco áreas:
- Ciclismo
- Caminhadas
- Parques sem carros
- Ruas seguras
- Transporte público sustentável
Jane’s Walk
Iniciativa Global
https://www.janeswalk.org
A ativista Jane Jacobs nasceu no início do século 20. Jornalista e, escritora, ela se tornou a líder de uma resistência incomum contra as novas avenidas e planos urbanos propostos nos anos 1950 pelo engenheiro Robert Moses em New York City. Desse ativismo nasceu o livro A morte e a vida nas grandes cidades americanas, leitura obrigatória para quem pretenda entender as cidades contemporâneas, suas crises e seus desafios para o futuro.
Assim, todos os anos, em todas as partes do mundo, pessoas organizam as Jane’s Walks, caminhadas coletivas para falar sobre calçadas, cidades, pessoas e coisas comuns na vida urbana. São festivais para estimular o hábito da caminhada nas cidades. Em 2019, os eventos ocorreram no sábado 4 de maio, em várias cidades do Brasil, incluindo:
- Rio de Janeiro
- Porto Alegre
- Chapecó
- Aracaju
- Recife
- São Paulo
Confira nesse link os capítulos desse livro, que já é de domínio público.
ATA – Active Transportation Alliance
Estados Unidos
A missão da Active Transportation Alliance é defender o direito às caminhadas, ao ciclismo e ao transporte público, para criar comunidades saudáveis, sustentáveis e equitativas.
Walk21
Fundada no Reino Unido, com presença e participação em vários países
Fundada em 1999, a ONG Walk21 quer ter certeza de que qualquer caminhada ou deslocamento a pé é valorizada e reconhecida para que todas as pessoas no mundo possam escolher caminhar e desfrutar da experiência de andar. Afinal de contas, somos todos pedestres.
Caminhar é a forma mais fundamental de mobilidade. É barato, livre de emissões, oferece importantes benefícios para a saúde, é acessível a quase todos – exceto àqueles com mobilidade substancialmente prejudicada – independentemente da renda e, para muitos cidadãos, é uma fonte de grande prazer.
Muitas vezes, caminhar é um meio de transporte negligenciado; apesar de estar no início e no final de todas as viagens, raramente é capturado nas estatísticas governamentais sobre mobilidade. Freqüentemente, é esquecido e subestimado no planejamento e no desenvolvimento de políticas.
POR QUE ANDAR?
A vitalidade de uma cidade está intimamente ligada ao fato de as pessoas estarem passeando e caminhando para muitos propósitos. Além de caminhar para ter acesso a bens e serviços, as pessoas que caminham estão no centro da vida urbana e contribuem para cidades habitáveis, atraentes, prósperas e sustentáveis.
Caminhar tem grande potencial para contribuir para um mundo mais sustentável e, portanto, deve ocupar uma posição central nas políticas de transporte urbano. Garantir que caminhar seja seguro, acessível e atraente é uma resposta central aos desafios das mudanças climáticas, poluição, congestionamento, manutenção da mobilidade para uma população idosa, saúde e gerenciamento do desejo global de motorizar.
Em um contexto global, a participação modal da caminhada difere substancialmente entre continentes, países e cidades. É particularmente alto em países de baixa renda e em cidades com grande participação no transporte público. É difícil comparar os dados, devido à falta de uma metodologia de medição consistente, mas fica claro, a partir do estudo dos dados de atividade física e das estatísticas de compartilhamento do modo de transporte, que as pessoas em todos os lugares caminham e podem ser encorajadas a andar mais se suas necessidades forem atendidas mais consideração e apoio.
Em todos os países, mas especialmente onde caminhar é uma necessidade para a maioria, as necessidades das pessoas que caminham precisam ser compreendidas, dada a política adequada, investimento e prioridade para que a eficácia, eficiência e viabilidade financeira de todo o sistema de transporte, a vibração de benefícios para a vida na cidade e para a saúde da população.
Iniciativas no Brasil
Aqui no Brasil, também temos exemplos de muitas ONGs e cidadãos que resolveram trabalhar por uma cidade mais inteligente e segura no trânsito. Algumas das ONGs que nós admiramos e queremos te apresentar são:
Mobilize Brasil
Mobilize Brasil é o primeiro portal brasileiro de conteúdo exclusivo sobre Mobilidade Urbana Sustentável. Criado em 2011, por Ricky Ribeiro, o Mobilize Brasil já produziu milhares de conteúdos sobre mobilidade urbana sustentável. Nesse período, sua equipe realizou dezenas de palestras e apresentações sobre mobilidade urbana sustentável em prefeituras, câmaras legislativas, universidades e empresas.
Temas como o uso da bicicleta, teletrabalho, mobilidade corporativa e a integração de transportes são abordados nessas atividades de forma ampla, permitindo a formação de novas lideranças, capazes de atuar em suas comunidades para a melhoria das condições de vida nas cidades.
Metrópole 1:1
São Paulo – SP
http://www.metropoleumpraum.com.br
Projeto A criança e a cidade:
Esse projeto vem do compromisso em abrir um canal de comunicação de escuta e troca de conhecimentos com crianças, colocando-as como agentes no processo de construção da cidade, sob a sua perspectiva. Além disso, o Metrópole 1:1 possui uma equipe de planejadores urbanos que considera as necessidades e condições necessárias para o desenvolvimento da crianças no meio urbano, de forma segura, saudável e lúdica. O modelo de cidade que vivenciamos e produzimos atualmente, não considera na mobilidade urbana e divisão do espaço público, a necessidade de todas as pessoas.
Nossa BH
Belo Horizonte
O Levantamento Situacional é um relatório produzido para a avaliação e monitoramento da mobilidade urbana e transparência de um município, buscando realizar um retrato de sua situação em determinado momento, e assim realizar comparações ao longo do tempo. No caso da cidade de Belo Horizonte, já foi publicada a quarta versão do Levantamento Situacional, tendo como ano de referência 2017.
Para que fazer um diagnóstico destas políticas no município? Além de facilitar o processo de execução, monitoramento e revisão do Plano Municipal de Mobilidade Urbana, este diagnóstico pode levar à construção de novos indicadores e metas para a política pública nessa área tão importante para as cidades, no contexto do século XXI, bem como o desenvolvimento de novas medidas para tornar a mobilidade urbana de Belo Horizonte mais sustentável do ponto de vista social, econômico e ambiental.
Cidade Ativa
São Paulo – SP
Somos pedestres, ciclistas, usuários do transporte público. Vivemos as ruas, o espaço público, a cidade. A Cidade Ativa está em cada um de nós. Juntos podemos trabalhar para mudar o lugar em que vivemos, deixando que esse processo nos transforme também. Unidos por essa visão, formamos uma equipe jovem, dedicada e cheia de energia.
LabRua
João Pessoa – PB
O Laboratório de Rua é uma associação civil sem fins lucrativos, com fins educacionais e de pesquisa técnico científica. Com sede na Paraíba, o LabRua tem como objetivo desenvolver estudos voltados aos espaços públicos, mobilidade de pessoas por qualquer meio de transporte, promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico, artístico e cultural, entre outras finalidades.
APTA
Manaus – AM
https://www.aptamobilidade.org
A Apta – Amazônia pelo Transporte Ativo é uma associação sem fins lucrativos com sede em Manaus/AM que tem como objetivo a promoção dos modos de transportes ativos, assim entendidos aqueles modos de transportes movidos especialmente à propulsão humana.
Caminha Rio
Rio de Janeiro – RJ
O movimento Caminha Rio é reconhecido por várias instituições e integra a rede de mobilidade ativa mapeada pela pesquisa Como Anda – que recentemente traçou um panorama geral da mobilidade a pé no Brasil. Realiza diversas ações com movimentos e associações parceiras por cidades mais amigáveis e inclusivas para pedestres. Não apenas tentando levar ao poder público as demandas da mobilidade a pé, como também difundindo campanhas e participando de debates e eventos relacionados à mobilidade ativa.
O Caminha Rio defende:
- Melhor infraestrutura viária.
- Mais acessibilidade nas vias e espaços públicos e transportes.
- Estímulo ao deslocamento a pé para saúde.
- Incentivo a atividades sociais e econômicas realizadas a pé.
- Políticas públicas mais abrangentes para o pedestre.
- Criação de uma câmara temática de mobilidade a pé dentro da Secretaria Municipal de Transportes.
- Ouvidoria específica para o pedestres através da inclusão do tema no menu do canal 1746.